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A Carta Completa de Hugo Carvajal “El Pollo” a Donald Trump Revela Duas Décadas de Narcoterror, Espionagem e Manipulação Eleitoral

hugo carvajal

A política hemisférica sofreu um abalo significativo após a divulgação da íntegra da carta enviada por Hugo Carvajal Barrios, ex-chefe da inteligência militar venezuelana, ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump. O documento, datado de 2 de dezembro de 2025, contém declarações explosivas que detalham o envolvimento direto de Nicolás Maduro, Diosdado Cabello e do aparato de inteligência cubano em operações de narcoterrorismo, espionagem transnacional e manipulação eleitoral.

Carvajal, conhecido como “El Pollo”, foi um dos homens mais próximos de Hugo Chávez e, posteriormente, de Nicolás Maduro. Por décadas, ocupou posições estratégicas dentro do regime e teve acesso a decisões sensíveis, muitas delas classificadas como operações clandestinas estatais.
Agora, dos Estados Unidos, afirma estar disposto a colaborar com autoridades americanas e declara que o regime venezuelano atua como um “inimigo em guerra não declarada” contra Washington.

Contexto: Por que esta carta se tornou central no debate geopolítico

A relevância do documento decorre de três fatores:

  1. A origem da denúncia: Carvajal foi responsável pela inteligência militar da Venezuela — posição que lhe dava acesso direto a operações estratégicas, redes de espionagem e estruturas do chamado Cartel de los Soles.
  2. O momento político: As eleições americanas de 2026 aproximam-se, e temas como imigração, narcotráfico e interferência estrangeira voltaram ao centro da agenda.
  3. O conteúdo da carta: Em linguagem direta, Carvajal detalha estruturas criminais estatais, o papel de aliados estrangeiros (Cuba, Rússia, Hezbollah e FARC) e o suposto uso deliberado de drogas, gangues e espionagem como instrumentos de hostilidade contra os EUA.

O teor do documento amplia tensões diplomáticas e deve resultar em novas audiências no Congresso americano.

Trechos Centrais do Depoimento de Hugo Carvajal

A seguir, os principais pontos da carta — preservando a redação original, mas organizados de forma analítica.

1. Narcoterrorismo como política de Estado

Carvajal afirma que a Venezuela, ainda sob Hugo Chávez, transformou-se em uma organização criminosa estruturada, atualmente comandada por Nicolás Maduro e Diosdado Cabello.

“O objetivo dessa organização, agora conhecida como Cartel dos Sóis, é usar as drogas como arma contra os Estados Unidos… As novas rotas não foram acidentes de corrupção; foram políticas deliberadas, coordenadas pelo regime venezuelano.”

Segundo ele, o modelo foi proposto pelo regime cubano e operacionalizado com apoio de FARC, ELN, agentes cubanos e Hezbollah. Carvajal afirma que armas, passaportes e proteção foram fornecidos a esses grupos dentro do território venezuelano.

2. Exportação do crime: o papel do Tren de Aragua

Um dos trechos mais sensíveis trata da expansão internacional do Tren de Aragua, reconhecida hoje como uma das organizações criminosas mais violentas da América Latina.

“Chávez ordenou o recrutamento de líderes criminosos dentro e fora das prisões para defender ‘a revolução’… Após sua morte, Maduro expandiu essa estratégia, exportando o crime e o caos para o exterior.”

Carvajal afirma ainda que:

  • milhares de criminosos foram enviados ao exterior por ordem direta do regime;
  • o Ministério do Interior, o Ministério dos Serviços Penitenciários e a Guarda Nacional coordenaram a operação;
  • com a política de fronteiras abertas do governo Biden-Harris, o grupo teria acelerado o envio de membros aos EUA.

“Agora eles têm pessoal obediente e armado em solo americano… Cada crime cometido é um ato ordenado pelo regime.”

3. Espionagem e infiltração nos EUA

Outro eixo da carta trata de operações de inteligência conduzidas ao longo de duas décadas.

“A inteligência russa chegou a Caracas para propor a Chávez a interceptação dos cabos submarinos que conectam a América do Sul aos Estados Unidos.”

Carvajal afirma que:

  • a Rússia teria instalado um posto de escuta na Ilha La Orchila;
  • Cuba opera vasta rede de agentes infiltrados, inclusive em bases militares americanas;
  • diplomatas dos EUA teriam colaborado com o regime venezuelano e cubano;
  • espiões venezuelanos teriam ingressado nos EUA disfarçados de opositores políticos.

4. Smartmatic e manipulação eleitoral

A acusação mais sensível para o ambiente político americano envolve o sistema Smartmatic.

“A Smartmatic nasceu como ferramenta eleitoral do regime… O sistema pode ser alterado; isso é um fato.”

Carvajal afirma ter nomeado o chefe de TI do CNE e alega que:

  • a tecnologia pode ser manipulada;
  • operadores do regime mantêm relações com autoridades eleitorais no exterior;
  • o software já teria sido utilizado para influenciar resultados.

Ele ressalta que não afirma fraude generalizada, mas sim “capacidade e histórico de manipulação”.

A avaliação final de Carvajal: “O regime está em guerra com os EUA”

No encerramento da carta, Carvajal adota tom de alerta:

“O regime em que servi está em guerra convosco, usando drogas, gangues, espionagem e até os vossos próprios processos democráticos como armas.”

E completa:

“Apoio totalmente a política do Presidente Trump em relação à Venezuela… Continuo à disposição para fornecer detalhes adicionais.”

Repercussão imediata

Até o momento:

  • Fontes da inteligência dos EUA confirmaram estar analisando o documento;
  • Porta-vozes republicanos afirmam que a carta reforça o discurso de endurecimento contra Maduro;
  • Aliados de Maduro classificaram as denúncias como “ficção política”;
  • Analistas de segurança hemisférica consideram o conteúdo consistente com padrões já documentados de cooperação entre Venezuela, Cuba e grupos armados.

O Departamento de Justiça e o Congresso americano devem convocar audiências nas próximas semanas.

Conteúdo completo da carta

Prezado Sr. Presidente Donald Trump e povo dos Estados Unidos,

Meu nome é Hugo Carvajal Barrios. Durante muitos anos, fui um alto funcionário do regime venezuelano. Fui major-general de três estrelas, confidente próximo tanto de Hugo Chávez quanto de Nicolás Maduro, e ocupei os cargos de Diretor de Inteligência Militar e membro da Assembleia Nacional Constituinte.

Escrevo esta carta para relatar, com total responsabilidade, fatos que testemunhei ao longo de décadas dentro da estrutura de poder venezuelana e suas operações contra os Estados Unidos.


1. Narcoterrorismo

Testemunhei em primeira mão como o governo de Hugo Chávez se transformou em uma organização criminosa, hoje liderada por Nicolás Maduro, Diosdado Cabello e outros altos funcionários.

O objetivo dessa organização — conhecida como Cartel de Los Soles — é utilizar drogas como arma contra os Estados Unidos. As substâncias que chegaram ao território americano por novas rotas não foram fruto de corrupção isolada ou obra de traficantes independentes; foram ações deliberadas, arquitetadas pelo regime venezuelano.

Esse plano foi sugerido a Chávez pelo regime cubano em meados dos anos 2000 e implementado com apoio das FARC, do ELN, de agentes cubanos e do Hezbollah.

O regime forneceu a essas organizações terroristas armas, passaportes e plena impunidade para atuarem a partir da Venezuela contra os Estados Unidos.


2. Tren de Aragua

Estive presente quando foram tomadas as decisões para organizar e armar gangues criminosas em toda a Venezuela, a fim de proteger o regime — incluindo o grupo hoje conhecido como Tren de Aragua.

Chávez ordenou o recrutamento de líderes criminosos dentro e fora das prisões para defender “a revolução” em troca de total impunidade. Após a morte de Chávez, Maduro expandiu essa estratégia e passou a exportar crime e caos para o exterior com dois objetivos:

  1. Perseguir exilados políticos;
  2. Reduzir artificialmente os índices de criminalidade dentro da Venezuela.

Os líderes dessas gangues receberam ordens para enviar milhares de membros para outros países. Essa operação foi coordenada pelo Ministério do Interior, Ministério dos Serviços Penitenciários, Guarda Nacional e forças policiais nacionais.

O Tren de Aragua tornou-se a gangue mais eficaz e de crescimento mais rápido. Quando a política de fronteiras abertas do governo Biden-Harris tornou-se amplamente conhecida, o regime aproveitou para enviar agentes aos Estados Unidos.

Eles agora possuem pessoal obediente e armado em solo americano. Além disso, receberam ordens explícitas para continuar sequestrando, extorquindo e matando para financiar suas atividades. Cada crime cometido é um ato autorizado pelo regime.


3. Contraespionagem e espionagem contra os Estados Unidos

Eu estava presente quando agentes da inteligência russa chegaram a Caracas para propor a Hugo Chávez a interceptação dos cabos submarinos de internet que conectam a América do Sul e o Caribe aos Estados Unidos, com o objetivo de penetrar nas comunicações do governo americano.

Em 2015, alertei Maduro de que permitir que a inteligência russa construísse e operasse um posto de escuta secreto na Ilha de La Orchila atrairia represálias militares dos EUA. Ele me ignorou.

Durante vinte anos, o regime venezuelano enviou espiões ao território americano. Muitos ainda estão aí, alguns infiltrados como membros da oposição venezuelana.

A inteligência cubana me apresentou suas redes infiltradas dentro de bases navais na costa leste dos EUA. Eles se vangloriavam de ter enviado milhares de agentes ao longo de décadas — alguns hoje ocupam cargos políticos.

Diplomatas americanos e agentes da CIA foram pagos para auxiliar Chávez e Maduro a se manterem no poder. Esses cidadãos dos EUA atuaram como espiões tanto para Cuba quanto para a Venezuela — e alguns continuam em atividade.


4. Smartmatic e suas operações

A Smartmatic nasceu como ferramenta eleitoral do regime venezuelano e rapidamente se consolidou como instrumento para mantê-lo indefinidamente no poder.

Posso afirmar isso porque eu próprio nomeei o chefe de TI do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que respondia diretamente a mim.

O sistema Smartmatic pode ser alterado; isso é fato. Essa tecnologia foi posteriormente exportada para outros países, incluindo os Estados Unidos.

Operadores do regime mantêm relações com funcionários eleitorais e empresas de urnas eletrônicas no país. Não afirmo que todas as eleições são fraudadas, mas afirmo com certeza que o sistema permite manipulação — e ele já foi usado para esse fim.


Mensagem ao povo dos Estados Unidos

Não subestimem a ameaça representada por permitir que uma organização narcoterrorista circule livremente pelo Caribe e América Latina, empenhada em prejudicar o povo americano, financiar o antiamericanismo e facilitar operações de organizações terroristas dentro da Venezuela — e agora dentro de suas fronteiras.

O regime que servi não é apenas hostil: está em guerra com vocês, utilizando drogas, gangues, espionagem e até seus próprios processos democráticos como armas.

As políticas do Presidente Donald Trump em relação ao regime criminoso de Maduro não são apenas justificadas: são necessárias e proporcionais à ameaça. E, na minha avaliação, ele pode até estar subestimando o que o regime é capaz de fazer para se manter no poder. Eles possuem planos de contingência para todos os cenários extremos.

Apoio integralmente a política do Presidente Trump em relação à Venezuela, pois trata-se de um ato de legítima defesa baseado na verdade.

Permaneço à disposição para fornecer mais detalhes ao governo dos Estados Unidos.


Hugo Carvajal Barrios
Estados Unidos da América
2 de dezembro de 2025

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